Cultura afro... A cultura afro é de fatoatualmenite ainda pouco difundida. Falar então sobre lendas, contos e casos relacionados à cultura afro ajuda a propagar a mesma.
Torna mais fácil assim a desmistificação de certos preconceitos arraigados.
A Liamba de caboclo é uma plata da família da Canabis , algumas vezes fumada para uso alucinógeno, e também associada à Umbanda, Macerada com água fria, pode ser usada em banhos para atrair o sexo oposto. Ou para fazer um mix de ervas de fumo, de nome "JUREMA", enfim relacionada ao catimbó.
Cultura Afro, enfim presente em um conto que mistura uma história verdadeira com o sobrenatural, apenas aqui no BLOG CANTA A TUA ALDEIA QUE SERÁS UNIVERSAL.
A Liamba do Caboclo – Um incrível conto Afro, no melhor do terror recifense
Esta é uma história real. Aconteceu nos anos 50, no Bairro do Coque, no Recife. Conheça a assombrosa história da Liamba. Veja aqui este conto , relato real e incrível !
Como contado por Zenir Cardoso...
Hyllo e Zenir eram então recém-casados, e foram morar em uma casinha próximos ao atual bairro do Coque. A casa era assim daquelas de porta e janela, com um jardinzinho na frente.
A janela enorme também dava direto para ele e para uma frondosa planta , com folhas luxuriantes, as quais a moça cortava de quando em quando. Estas folhas, ela naturalmente jogava fora.
Certo dia, o cunhado lhe pediu que guardasse um anel de formatura. Ela o pegou, e então colocou em sua caixa de jóias. Algum tempo depois, lhe pedindo ele o anel de volta, ela procurou e procurou, não o encontrando.
Entrou em desespero: onde de fatoestaria o anel de ouro? Tinha a certeza de tê-lo guardado ali, junto com suas outras jóias, e ele sumira! Como iria falar isto para o irmão do marido?
Após passar uns dois dias de preocupação, no meio da tarde do segundo dia, ela sentiu enfim um súbito cansaço. Um cansaço anormal. Naqueles tempos, as janelas então não precisavam de grades, pois o mundo era um pouco menos perigoso, um pouco menos violento.
Zenir abriu as duas folhas da janela e então se deitou, ao som do vento da tarde, passando pelas folhas. A planta fluía com o vento lá fora. O sono, chegava mansamente. De repente, naquele momento entre sono e realidade, quando o mundo espiritual e o natural se mesclam, ela viu um homem na janela.
Era negro, de torso nu e compleição extraordinária. Ele olhava para ela, mas não se mexia, nem demonstrava que iria fazer mal. O homem limitou-se a levantar o braço e apontar um dedo, para dentro do quarto, em direção à mesinha ao lado da cama. O criado-mudo.
A Liamba do Caboclo.
Desfeito o choque inicial, Zenir enfim saiu do transe quase hipnótico daquela letargia. O homem então desaparecera como que por encanto. Imediatamente, sentou-se à cama e abriu a gaveta da mesinha. Dentro dela, uma caixa de fósforos. E dentro da caixa, estava o anel do cunhado.
Apenas ela e Hyllo, o marido de fato moravam ali. Não possuíam empregadas. Nem sequer usavam aquela marca de fósforos. Quem o fizera? Quem colocara o anel ali? Devolveram a jóia, e ficou por isto mesmo.
Alguns dias depois, então uma senhora bateu à porta de Zenir, que prontamente a atendeu. A mulher pedia algumas folhas da planta que ficava à frente da casa.
Zenir certamente permitiu que ela pegasse quantas quisesse, e já ia voltando aos afazeres da casa, quando ouviu a mulher falando algo. Curiosa, se virou: A idosa então pedia permissão à planta para tirar as folhas.
Zenir veio para perto dela:
- Por que a senhora está assim pedindo à planta permissão?
A mulher respondeu: -Minha filha, esta é Liamba de Caboclo, uma planta santa. É do orixá. Tem de pedir então permissão para cortar, senão desagrada ele.
Zenir replicou: - Mas eu sempre estou podando esta planta...- Ao que a mulher se benzeu e se afastou, rapidamente, sem sequer olhar para trás.
Então Zenir enfim entendeu. A estranha aparição, que de fato viera naquela tarde, era uma manifestação espiritual. Por desconhecer o respeito que devia ao orixá, ela não fora punida. O Caboclo da Liamba a protegia, e lhe devolvera o anel.
Daquele dia em diante, ela não mais cortava levianamente as folhas da Liamba, e sempre pedia licença e agradecia à planta e ao protetor da casa.
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