Personagens Boca de Ouro

Personagens são importantes para manter uma história em alta.  Os personagens carregam a responsabilidade em fluir a trama, e se suas histórias não são bem construídas,entãoisso pode por a perder tudo. Personagens enfim existem, respiram, vivem.

Aqui, enfim os personagens da HQ BOCA DE OURO.  Conheça  assim suas aspirações, seus backgrounds, suas motivações. Cada um dele sempre esteve certo. E cada um deles sempre encontrou o destino reservado.

Acompanhe mais aqui

Gostou? Leia mais relatos de assombrações no BLOG !

Siga-nos na nossa FANPAGE

Guilhermina é uma mulher moderna. Moderna  então  para 1913.

Desde criança sempre foi bastante gananciosa, e sempre usava seus artifícios para conseguir dos pais tudo o que queria. Em 1906 o pai abriu falência, e se viu em condições financeiras bem precárias. Então Mina resolveu que não seria pobre: casou bem nova, com um amigo do pai e apenas pelos bens do pobre homem.

O marido, bom e idoso, possui bens e  assim dá à ela uma vida confortável, mas não tão confortável quanto ela desejaria. Por algum tempo, a jovem tentou ser uma esposinha, frequentando clubes de senhoras, fazendo reuniões de leitura com outras damas.  Mas logo isto perdeu o encanto para ela. Insatisfeita  com a vida de dona de casa,então  bem cedo começou a buscar aventuras fora das vistas do marido, nas noites recifenses.

Era seu costume dopar o marido com láudano, e fugir para encontrar os amantes. Uma bela noite,  enfim conheceu Valdemar.

Apesar de valdemar não ser bonito nem rico, ele logo pareceu adorar o chão que ela pisava. Ela, por sua vez,  assim  se sentiu atraída pelo jeito malandro e pela roda de amigos da boemia que ele frequentava. Aos poucos, Guilhermina percebe que pode usar Valdemar para se livrar do marido velho, e o manipula sutilmente, para que isto aconteça. Ela então forja então machucados, arranhões e socos, para que Valdemar pense que o marido a maltrata.

Vaidosa, jovem, inconsequente e leviana. Charmosa, traidora, bonita e sagaz. Uma aranha multicor que tece a teia ao redor de sua vítima; e a vítima, que só percebe a armadilha quando não há mais escapatória.

Valdemar é uma pessoa calma e pacata. Nunca foi um homem violento ou passional, até porque a beleza nunca o agraciara, então poucas mulheres lançaram olhares para a sua figura. Solteiro mais por falta de opção que por vontade, sempre trabalhou em pequenos empregos, e foi contratado pela Ferro-Carril em 1907. Não recebia muito, mas era o suficiente para se manter, morando em um pequeno mocambo na Rua da Aurora.

Ele gosta de sua vida bem simples, se contenta em trabalhar como motorista de bonde de burros, conversar com os diferentes passageiros, cuidar dos burricos Trupico e Tropeço, o par de muares que está puxando o seu bonde desde que ele entrou na empres, e que são para ele como animais de estimação.

Adora pescar com o amigo Aderbal, seu vizinho de mocambo e melhor amigo. Tudo estava mais ou menos assim quando ele encontrou, na noite do Recife, em um delírio alcoólico,  a bela Guilhermina. Pela primeira vez na vida, Um mulher o olhou com um certo interesse, e Valdemar se sentiu lisongeado.

Em pouco tempo, as coisas se tornaram mais apaixonadas; logo começaram um caso de amor, e aos poucos a moça falou sobre o marido dela, que a maltratava, espancava e,muitas vezes, ameaçava de morte. Sendo um homem simples de conhecimentos e sem maldades, Valdemar se vê preso na trama de Guilhermina, não duvida de tudo que ela lhe diz sobre o marido abusivo.

Apaixonado, ele acredita que ela fala a verdade. Este é o começo de sua descida ao inferno; O personagem seguirá em uma espiral vertiginosa rumo à sua tragédia, com desfecho fatal e inesperado.

Hélio é bonito, jovem e extremamente ambicioso. Filho de mãe solteira, logo aprendeu que na vida, seria preciso lutar com unhas e dentes para conseguir subir .  Ainda pequeno, se criou pelo centro do Recife, batendo carteiras  de cavalheiros. Seu rosto bonito, logo foi percebido pelas mulheres da vida noturna. Então o pequeno batedor de carteiras se tornou primeiramente gigolô, e em seguida, cafetão. Nunca houve tempo ruim para Hélio, pois ele sempre conseguia dinheiro, mesmo que fosse preciso matar para isto. E ele o fez, várias e várias vezes na vida.

Frequentador da vida boêmia do Recife, Hélio continua no ramo da prostituição. Logo descobre um bom lucro no recém chegado jogo do bicho, e faz seu quartel general no Café Continental, de onde recebe os lucros de seus passadores de jogo. Hélio não mede esforços para conseguir o que quiser, e é capaz de fazer tudo para proteger sua vida e seu dinheiro.