Liberdade e Protagonismo Feminino

Liberdade e Protagonismo Feminino

A liberdade e Protagonismo Feminino são de fato temas recorrentes das conversas atuais. É assim  um momento importante e único, ou seja, uma oportunidade de discutir, mudar os padrões, evitar que o que a HQ retrata aconteça com qualquer um dos envolvidos.

Semana da Independência é o momento de falar sobre a Liberdade e Protagonismo Feminino.

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Minhas reminiscências sobre a liberdade e Protagonismo Feminino

Um dos temas mais abordados atualmente é a " Liberdade e Protagonismo Feminino ".  Porém o que mais existe é uma visão romanceada de tudo que isto abarca. Qualquer mulher, desde a tenra idade até crescida passa certamente  por situações constrangedoras, deprimentes, mesmo vergonhosas. Sim, eu fui assediada.

Sim,  de fato sempre foi difícil. Andar na rua sempre foi difícil, assim como pegar um ônibus ou metrô, participar de entrevistas de emprego ou mesmo frequentar grupos .

Em 1999 fui convidada por Laílson de Holanda Cavalcanti a participar do primeiro FIQ UAI (o nosso querido FIQ de Belo Horizonte!) . Assim, o tema seria 1500-2000 , 500 anos de Brasil.

Eu  assim era recém-casada então, com um bebê e muitas dificuldades. O assunto - Liberdade e Protagonismo Feminino - sequer era citado, ou mesmo nos era dada voz para falar sobre. Mulheres quadrinistas eram apenas aberrações, ou algo fora de padrão normativo - Quadrinho era coisa de HOMEM. Eu não estava nem aí para normas. Fazia porque gostava.

Sempre me perguntavam em entrevista como era ser uma mulher fazendo o trabalho de quadrinista em um mundo predominantemente masculino. Sorriso amarelo, resposta educada. Por dentro, eu pensava: "De novo esta pergunta?" Entra ano e sai ano e sempre me perguntam a mesma coisa.

Vontade de responder: Amigo, é um saco. É tão difícil quanto para um homem, com o plus de casa - filhos e ainda as cantadinhas de "você é tão bonitinha, vamos tolerar sua presença." Mudou? Não muito. 20 anos quase,  e ainda do mesmo.

Quando finalmente  decidi fazer esta HQ, não tínhamos voz. Ainda quase não a temos, e além disso tem quem ache que somos privilegiadas pelos SJW. Não é  assim privilégio, amigos, é justiça histórica.
Justiça histórica exatamente ao que mostro nesta HQ de 1999 . Antiga , mas ainda atual, infelizmente.

Liberdade e Protagonismo Feminino 1
Liberdade e Protagonismo Feminino 2
Liberdade e Protagonismo Feminino 3