Ciganas lêem a sorte?

Amparados pelo mistério que os rodeava, os gitanos então  perceberam que poderiam utilizar a curiosidade dos povoados sobre o futuro como um modo de fazer negócio e ganhar dinheiro. A crença virou assim  parte da cultura cigana. Hoje, as ciganas lêem até mesmo a sorte de outras mulheres do grupo, mas, nesse caso, sempre  sem dinheiro envolvido.

Ciganas roubam crianças?

Essa crença pode talvez  ter vindo do hábito dos ciganos de circo de incorporar à trupe crianças órfãs ou abandonadas que se encantavam pelo seu estilo de vida. Mas o mais provável é que o medo então  daquele povo desconhecido o tenha transformado em uma espécie de bicho-papão para os europeus.

Ciganos são negociantes?

É possível que sua vida errante sempre  tenha favorecido atividades relacionadas ao comércio. Além de terem acesso certamente  a objetos “maravilhosos” dos lugares por que passavam, conseguiam carregar a sua forma de sustento numa mala sempre que precisavam levantar acampamento.

Ciganos são trapaceiros?

Na Idade Média, aquelas pessoas exóticas e desconhecidos eram então  vistas como bruxas (muitas foram queimadas durante a Inquisição). A vida assim  à margem da sociedade muitas vezes os empurrava à criminalidade. As outras formas que encontravam para ganhar dinheiro – comércio e leitura de mãos – colocavam à prova sua honestidade. Essa confluência de fatores de fato pode ter criado a imagem do  trapaceiro.

Ciganos falsificam ouro?

Tradicionalmente, muitos grupos ciganos dominam o trabalho com metais. Algumas etnias assim carregam isso até no nome, como os kalderash (“caldeireiros”, em romani). No Brasil, os ciganos  de fatoparticiparam da exploração de minas de ouro no século 18. Junte-se tudo isso à fama de trapaceiros e fica fácil entender a crença de que eles falsificam metais.