Bibliografia detalhada da grande maioria do material utilizado na criação dos posts, textos, quadrinhos  enfim do site SOMBRAS DO RECIFE. Um material que achei enfim necessário para embasar os textos aqui presentes. O site se compromete então com a verdade e o embasamente empírico dos fatos.

Conteúdo bibliográfico é certamente essencial. É assim algo extremamente importante. De fato, traz em si imbuída então a seriedade com a qual um site, livro, quadrinho é levado. De fato, quando falamos a respeito de transportes, é obrigatória a pesquisa então.

Não existe assim uma história bem construída sem conteúdo bibliográfico.O material abaixo certamente traz materiais importantes. Livros, artigos, opúsculos e textos variados que foram fundamentais enfim para a existência do site.

Muitos dos livros e obras de fato não existem disponibilizados na internet. Pois ainda há pouco interesse na então  republicação de materiais históricos recifenses.

Está já um pouco desatualizada, mas ainda enfim  bastante funcional.

Caso haja interesse em receber algum material digital que eu tenha , entre em contato via FACEBOOK

Outros materiais interessantes certamente também estão disponibilizados no BLOG CANTA A TUA ALDEIA E SERÁS UNIVERSAL .

Para terminar, uma poesia.

A Perna

Esta história ainda lembro

Aconteceu em setembro, ou novembro

Quando caminhava eu pela noite Recifense

Era alta madrugada, rua vazia

Apenas os pios da coruja eu ouvia

Um mal agouro, o eco de um suspense.

De repente, ao chão da rua tortuosa

Vi uma perna; nada mais do corpo humano

Senti n’alma o medo soberano

Dominar o espaço da noite trevosa.

Silêncio: Nem mais as corujas ali piavam

Apenas tremores de corpo me dominavam

Diante da perna, que ali jazia,

Jogada ao chão, lívida e exangue

Ao seu redor, nenhum rastro de sangue

Apenas ela, a perna, a perna existia.

De repente, um tremor, um movimento

Estava eu enlouquecendo no momento

Ou ela estertorava, realmente?

Ao acelerar de meu peito confuso

Distingui mais um movimento difuso

Da perna, que tremia lentamente...

Vinha em minha direção, e se arrastava

Dolorosa, devagar, me assombrava

Prendia ao chão minha alma apavorada.

O que queria de mim aquela monstruosidade

Sobrenatural, além da mortalidade

Que pouco a pouco, se aproximava?

Onde estava o corpo amputado

Seria a perna um membro assombrado

Pela dor fantasma do resto que faltava?

Reuni minhas forças e por fim, corri;

No momento seguinte, no entanto, caí

Caído ao chão, olhei por sobre o ombro:

A perna, a perna ao meu lado, de pé!

Agarrei-me aos santos todos de minha fé

E mais uma vez fugi do mal- assombro

Outra e mais outra queda, ela me derrubava

Ao chão sempre e sempre eu voltava

E no meio dos terrores, sucumbi.

Acordei ao dia seguinte, no entanto

E para meu desolado espanto

Nada mais ao redor eu vi.

Quem acreditaria nesta minha história

Despida de heroísmos, espadas e e glória

Onde fugi, desmaiando, do terror?

Guardo-a comigo , na alma e na retina

E todas as noites, espero surgir na esquina

A perna, o medo, o estertor.